Quando falamos sobre gestão de banca em apostas desportivas, referimo-nos a um conjunto de regras que serão colocadas diante as nossas atitudes. Isto serve para padronizar as nossas ações e moldar as nossas reações mediante as mais variadas situações.
Na gestão de banca há dois conceitos que precisam de ser levados em consideração. Trata-se da relação matemática e da relação humana, na qual a relação humana refere-se à interpretação do indivíduo, ou melhor, à sua cognição, enquanto a relação matemática, refere-se à organização lógica dessa cognição, resultando na metodologia desse apostador.
O que é a gestão de Banca em apostas desportivas e para o que serve?
O primeiro passo para compreender a gestão de banca nas apostas desportivas é saber diferenciar os termos de gestão e divisão de banca.
Muitos apostadores associam essa gestão ao simples ato de dividir a banca de alguma forma. Contudo, a gestão vai muito além disso, sendo esse processo apenas uma parte da gestão de banca em si. A gestão de banca não é mais do que um planeamento a longo prazo, o qual primeiramente precisará desenvolver um método a partir do seu histórico de simulações e, a partir disso, desenvolver uma gestão adequada do seu perfil.
O método, a estratégia de como irá gerir a sua banca e a divisão de stakes padronizam todos os movimentos do apostador no mercado. Assim sendo, deve-se definir quando e como o apostador deverá investir, e, consequentemente, gerir os investimentos a longo prazo. A gestão de banca tem como objetivo administrar o risco do apostador dentro de um prazo pré-definido.
Muitos apostadores perguntam-se “mas para que serve a gestão de banca?” A gestão de banca tem como objetivo gerir os ganhos e perdas dos apostadores, mas principalmente gerir as atitudes em relação às perdas e aos ganhos, além de padronizar ações, investimentos e reações. Desta forma qualquer apostador
saberá agir na hora das famosas bad run’s, mantendo um padrão sobre o método estabelecido, evitando assim maiores perdas.
Quais os perigos de apostar sem seguir uma gestão de banca?
Atualmente, a maioria dos apostadores considerados profissionais, seguem uma gestão de banca, a qual foi criada a partir de seu método de trabalho já comprovado em apostas anteriores. Os perigos de um apostador apostar sem se manter dentro de uma gestão de banca, é o mesmo risco de alguém atravessar uma zona movimentada vendado.
Muitos apostadores consideram que basta começar a apostar que logo terá um retorno, posto isto a maioria entra nesta vida visando ganhar muito dinheiro. Contudo, sabe-se que não é por esse caminho, pois para se tornar num apostador que consiga ser rentável levará muito tempo, experiência e principalmente muita paciência e disciplina.
Além disso, apostar sem seguir uma gestão levará muitos a desistirem das apostas desportivas, pois logo nas primeiras apostas perdidas colocaram os “pés pelas mãos” e ficarão à mercê da sorte e do azar.
Como fazer a sua própria gestão de banca?
Portanto, para fazer a sua própria gestão de banca, devemos, em primeiro lugar, ter um método pré-definido através de apostas já registadas. Podem ser simulações de apostas dentro de um bom período de tempo. Logo, o primeiro passo é registar e simular apostas numa liga específica, onde detenha informações e faça o seu planeamento durante um certo tempo, que apenas você mesmo pode definir.
É importante fazer anotações sobre todas as entradas e compreender o motivo que o leva a estar a fazer aquela aposta. O seu objetivo ao efetuar simulações e estudar posteriormente os seus números nessa liga, é para definir ajustes nas suas leituras e, dessa forma, definir um método.
Não importa a forma como escolhe as suas apostas, com esse estudo sobre os seus números e sobre as suas anotações, conseguirá identificar erros e ajustar atitudes.
A estratégia de como irá gerir sua banca é de enorme importância, pois a definição da stake usada em cada aposta baseia-se nos seus números como apostador, assim como a divisão de toda sua banca se baseia nisso. Mas antes de dividirmos a banca é necessário entender sua estratégia de investimento, o seu objetivo como apostador e, principalmente, elucidar as suas regras e critérios para uma decisão.
Gestão de Banca – Divisão de banca em apostas desportivas
Algo básico para uma boa divisão de banca é ter em mente que a sua banca não pode ter uma divisão de stakes menor do que o número da sua taxa de erros.
Isto quer dizer que não importa se divide a banca em unidades ou percentagem, a noção matemática é a mesma. Porém, é necessário manter uma relação respeitável com a taxa de erros. Desta forma, todos os apostadores têm os seus números de Winrate ou taxa de acertos. Digamos que um apostador em futebol que
mantém cerca de 55% de winrate, deve manter uma média de odds adequada a essa taxa de acertos. Outro ponto, é que se mantém uma taxa de acertos em 55%, inversamente mantém uma taxa de erros em 45%, o que deve ser levado em conta no momento de dividir essa banca em unidades.
A explicação fica no desvio padrão em relação às curvas e o risco que o apostador terá no percurso do valor esperado. Mas para facilitar o iniciante que ainda não terá conhecimento suficiente para conseguir compreender as noções de desvio padrão dos seus números. A simples noção do winrate encaixa como uma luva por ter uma relação direta com os valores da curva e o risco.
Planeamento e estratégia na gestão de banca em apostas desportivas
Outro passo importante na gestão de banca é o planeamento e a estratégia utilizada pelo apostador, sendo esses os pilares da gestão em si, pois refletem o perfil desse apostador.
Um lembrete apenas para todos que forem fazer a sua gestão de banca, é que ela é o último passo que um apostador dará antes de começar a apostar a valer. Antes de dar esse passo, o apostador terá que simular as apostas e definir toda a sua metodologia básica para poder ter a base necessária para definir uma gestão.
A divisão básica que quase todos indicam para apostadores em futebol, de cerca de 50 unidades em banca, são números baseados numa média de odds padrão, em relação a uma média padrão de acertos. No entanto, isso confunde-se erradamente como gestão de banca, quando na verdade é apenas uma divisão de banca genérica.